Varejo de móveis e colchões: ABIMÓVEL divulga dados atualizados do 1º semestre

16/08/2023

Imagem: Freepik

 

Em meio às oscilações econômicas que marcaram os primeiros meses de 2023, as vendas de móveis e colchões no varejo nacional voltaram a crescer em maio, conforme dados divulgados pela ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário).

De acordo com a “Conjuntura de Móveis”, estudo desenvolvido pelo IEMI com exclusividade para a entidade, que analisa o comportamento do mercado de móveis e colchões no país de forma aprofundada, foram vendidas 28,9 milhões de peças da categoria no comércio varejista nacional em maio deste ano. Com isso, o volume de vendas do setor experimentou um crescimento de 11,7% na comparação com o mês anterior, após o declínio de 6,7% registrado na passagem de março para abril.

 
 

Apesar de trazer certo alívio, seguindo as projeções realizadas para o quinto mês do ano em razão das compras de ocasião do “Dias das Mães”, entre outros fatores, os números não podem ser analisados isoladamente. Mesmo com o crescimento na variação mês a mês, o acumulado do ano continua 7,7% inferior em relação ao mesmo período de 2022 (janeiro a maio). Além disso, nos últimos 12 meses o índice apontava uma redução de 12,4%.

 

Receita e precificação

No quesito receita, as vendas de móveis e colchões no varejo totalizaram R$ 9,1 bilhões em maio, evidenciando um aumento de 12,0% em relação ao mês anterior. O desempenho colaborou para um resultado positivo nesta comparação, com a receita dos cinco primeiros meses do ano tendo sido 0,7% superior aos valores acumulados em igual período em 2022. Ainda assim, o índice apontou um recuo de 0,7% em 12 meses. 

Um dado interessante a ser destacado é o preço médio dos móveis no varejo, que em maio de 2023 atingiu R$ 280,68 por peça, refletindo um aumento de 0,35% em relação a abril. Já em junho houve um novo avanço, elevando o preço médio para R$ 282,37, ou seja, +0,60% em relação a maio.

Quanto aos colchões, também foi observado um movimento de alta na precificação. O preço médio dos colchões no varejo atingiu R$ 570,14 por peça no quinto mês do ano, representando um aumento de 2,24% em relação ao mês anterior. Em junho, o preço continuou a subir, alcançando R$ 572,19 por peça de colchão, com um aumento de 0,36% comparado a maio.

Em um contexto de inflação, portanto, é importante observar o impacto dessa alta nos preços nas vendas de móveis e colchões no Brasil. Fator que explica, em parte, a queda no volume e o aumento na receita das vendas da categoria no varejo nacional entre janeiro e maio deste ano.  

Segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a carga inflacionária sobre o preço do mobiliário no varejo nacional acumulou um aumento de 9,80% em 12 meses até maio de 2023. Ainda que esse valor fosse menor que o acumulado até abril (+11,05%), permaneceu consideravelmente alto e acima da média nacional de preços. 

Tanto que no mês subsequente, junho, os preços de mobiliário nacional voltaram a subir 0,60%. Evidenciando um cenário ainda complexo para o setor de móveis e colchões, que tenta se manter competitivo em meio a um aumento de 2,76% nos preços ao consumidor final no primeiro semestre do ano. De junho de 2022 a junho de 2023 o avanço foi de 9,14%. 

 
 

Cenário

Cabe ao setor, agora, continuar observando os movimentos do mercado para avaliar a ocasionalidade ou não do incremento nas vendas no mês de maio, enquanto a dinâmica do mercado de móveis e colchões deve seguir influenciada por fatores como taxa de inflação, ações de estabilização das taxas de juros, emprego e renda, além de toda conjuntura econômica geral e das atuais tendências de consumo. 

“À medida que o cenário econômico se mantém em constante movimento após anos duros tanto no cenário interno quanto externo, a indústria de móveis e colchões no Brasil permanece em foco, atenta às nuances do mercado e buscando estratégias que possam consolidar uma trajetória de recuperação e expansão”, enfatiza o presidente da ABIMÓVEL, Irineu Munhoz. 

Nesse sentido, questões como a inclusão de móveis no financiamento de programas habitacionais, como o “Minha Casa, Minha Vida”, além de incentivos ao consumo tais como desonerações tributárias, o controle das taxas de juros e medidas de acesso ao crédito deverão exercer papéis importantes não só na retomada das vendas da categoria, mas em todo o varejo e as cadeias produtivas no país.

 

CONJUNTURA DE MÓVEIS

Os relatórios mensais intitulados “Conjuntura de Móveis” são concebidos para facilitar o monitoramento da ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) e seus associados em relação ao desempenho do mercado de móveis e colchões no Brasil.

Para tanto, são examinados mensalmente os percentuais de evolução da produção física, pessoal ocupado, média salarial, produtividade do setor, aquisições de máquinas, importações e exportações na indústria, bem como vendas e inflação no varejo de móveis, conforme os últimos dados disponíveis em fontes oficiais de consulta pelo setor.

Acesse a nova edição da “Conjuntura de Móveis”, com indicadores atualizados de 2023, em: http://abimovel.com/capa/acervo-digital/

 

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Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário – ABIMÓVEL
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